quinta-feira, 21 de junho de 2012

Histórias Invisíveis

Eu não sou santa, nunca fui, e nem quero ser! Deve ser a coisa mais sem graça do universo!

Nessa minha vidinha, posso dizer que sei aproveitar muita coisa....eu me divirto! Faço travessuras por ai sim, nada ilegal (pelo menos que eu considere). Não sou mulher de negar o que faço. Certo ou errado sempre digo a verdade, mas isso não é suficiente por ai! Mesmo sendo verdadeira levamos fama por coisas que não fazemos, e isso não é diferente pra mim!

Será que o problema sou eu? Não!

O problema está nas pessoas que tem como único prazer falar da vida dos outros, E eu só posso dizer que tenho pena de quem não tem nada mais de interessante na vida para fazer. E enquanto umas pessoas fazem a única coisa que são capazes, eu vou vivendo minha vida, conquistando novos objetivos e aproveitando tudo que Deus me ofereceu!

Como eu disse: Não sou santa! Mas sou feliz demais para me preocupar com isso!Se esse é o preço que se paga para ser feliz, independente, eu to é ADORANDO! 

quinta-feira, 3 de maio de 2012

"Eu te amo" é coisa de bêbado!

Se um bêbado nunca te ofereceu uma dose sincera de “eu te amo”, sugiro que corra pro bar agora. É quando a vaidade e a audição dispensam água e se atracam em público, incitando um sorriso tímido, pseudo-humilde, em quem ouve. “Eu te amo”, a frase mais aguardada dos relacionamentos, é inflamável e sobe rapidinho. Quando amanhece, a gente descobre que encheu a cara de amor falsificado. Quem já aceitou um gole dessa frase, com bafo de bebida, reflete sobre o gosto de cabo de guarda-chuva que ela deixa na cabeça.

Pessoas descartam “eu te amo” pra qualquer um, além do santo. Não pensam que cada letra pode estufar a esperança de quem escuta. Quem já recolheu shots da frase e, no dia seguinte, teve de devolver, sabe como é transformar a vida de alguém em mais um drinque de open bar.

É como se as pessoas estivessem condicionadas a amar eternamente por algumas horas. Os romances estão parecendo balada em Las Vegas: aspire até a última gota, case com uma desconhecida sob a bênção de um cover do Elvis. Ame até o suspiro final. No dia seguinte, flashes fingidos.

Fica difícil dizer “eu te amo”, em dias de amnésia afetiva.

Pessoas soluçam esse amor pra se livrar do caos, que embebeda o corpo, e não esperam que alguém cure com três goles de água ou um susto. Quando “eu te amo” vaza, tudo o que elas menos precisam é que esse soluço passe. “Eu te amo” é texto que escapa, porque o peito ficou fraco pra engarrafar. Precisamos de alguém soluçando junto. Mas “eu te amo” é monólogo.

Se você foi o primeiro do relacionamento a virar o copo e dizer, aguente a ressaca. “Eu te amo” nem sempre desce redondo. A resposta pode se apresentar em uma pausa de vinte tropeços. Pode ser mais três saideiras. Pode ser copo quebrando. Pode ser “saúde” ou “obrigado”. Pode empapuçar.

Sabe o dia depois do porre? Aquele na companhia de refrigerante e voltar cedo e sozinha pra casa. Quando você bebe devagar, pra não doer amanhã. É que o medo faz. Fecha a sua conta no bar, pro ouvido parar de insistir. De chorinho, sobra a vontade de acreditar em “eu te amo” sem Engov e acordar dizendo e dizendo e dizendo, sem cambalear, sem enrolar a língua, dessa vez.

Fonte: por Priscila Nicolielo em http://www.casalsemvergonha.com.br/

quarta-feira, 28 de março de 2012

* Mente, decisões e guerra *

Freud foi o cara que desvendou a maior parte da mente humana. Ele dizia que dentro da gente existem dois lados: o Id e o Superego. Mas não precisa de Freud, nem ninguém dizer que é verdade, pois sabemos que existem mesmo dois extremos: o lado bom e o lado mau, o anjinho e o diabinho! E como sempre lá estamos nós, bem no meio do bombardeio, sem saber pra que lado olhar, e qual conselho seguir!

Naqueles momentos difíceis em que temos uma decisão para tomar, um lado pede pra fazer a coisa errada e o outro pede pra fazer a coisa certa. Um lado diz que não tem problema, e o outro quase grita: não ouse fazer isso! Como se não bastasse ter que ouvir a opinião de quem mora fora da nossa cabeça, nós mesmo temos dois conselheiros que vivem em guerra, aqui bem dentro da nossa consciência. E que guerra! Não seria bem melhor se todo mundo só tivesse o lado bom? Assim não haveria nada de ruim, de errado, de proibido. Então porquê não é assim? É que às vezes o errado é mais gostoso. O proibido é mais interessante. O desafio é mais emocionante. Já o certo é sempre certo. Mas ser só bonzinho é chato. Então, por mais estranho que parece ser, ninguém é de tudo bom e nem de tudo mau.

Ninguém faz tudo certo, ou tudo errado. Me lembro das vezes em que matei aula, fugi do castigo e enganei meus amigos em alguns jogos. Também não me esqueço quando não matei aula, não precisei de castigo, ajudei alguém a fazer algo. Tudo bem, às vezes um dos lados ganha, e a gente se arrepende de alguma forma. Mas precisamos de cada um dos dois. Precisamos do id para aproveitar as coisas da vida, e do superego para botar limites nas estripulias. Precisamos do lado mau para dizer não em certas situações e do lado bom para ceder em outras. Precisamos dessa guerra que não tem data para terminar. Enquanto estivermos aqui bem no meio do fogo cruzado, ouviremos um lado, o outro, um lado e o outro, fazendo o certo, o errado, o certo e o errado, de novo.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O Grito


"Não sei o que está acontecendo comigo", diz a paciente para o psiquiatra. Ela sabe.
"Não sei se gosto mesmo da minha namorada", diz um amigo para outro. Ele sabe.
"Não sei se quero continuar com a vida que tenho", pensamos em silêncio.

Sabemos, sim.

Sabemos tudo o que sentimos porque algo dentro de nós grita. Tentamos abafar esse grito com conversas tolas, elucubrações, esoterismo, leituras dinâmicas, namoros virtuais, mas não importa o método que iremos utilizar para procurar uma verdade que se encaixe em nossos planos: será infrutífero. A verdade já está dentro, a verdade se impõe, fala mais alto que nós, ela grita.

Sabemos se amamos ou não alguém, mesmo que esteja escrito que é um amor que não serve, que nos rejeita, um amor que não vai resultar em nada. Costumamos desviar esse amor para outro amor, um amor aceitável, fácil, sereno. Podemos dar todas as provas ao mundo de que não amamos uma pessoa e amamos outra, mas sabemos, lá dentro, quem é que está no controle.

A verdade grita. Provoca febre, salta aos olhos, desenvolve úlceras. Nosso corpo é a casa da verdade, lá de dentro vêm todas as informações que passarão por uma triagem particular: algumas verdades a gente deixa sair, outras a gente aprisiona e finge esquecer. Mas há uma verdade única : ninguém tem dúvida sobre si mesmo.

Podemos passar anos nos dedicando a um emprego sabendo que ele não nos trará recompensa emocional. Podemos conviver com uma pessoa mesmo sabendo que ela não merece confiança. Fazemos essas escolhas por serem as mais sensatas ou práticas, mas nem sempre elas estão de acordo com os gritos de dentro, aquelas vozes que dizem: vá por este caminho, se preferir, mas você nasceu para o caminho oposto. Até mesmo a felicidade, tão propagada, pode ser uma opção contrária ao que intimamente desejamos. Você cumpre o ritual todinho, faz tudo como o esperado, e é feliz, puxa, como é feliz.

E o grito lá dentro: mas você não queria ser feliz, queria viver!
(Martha Medeiros)

Errar é humano????

Nada no mundo me deixa mais frustrada e mais inconsólavel do que não acertar. São horas me martirizando, reconstituindo a cena, refazendo o momento exato em que errei e imaginando como a vida seria muito melhor e eu seria muito mais feliz se não tivesse errado.

Na verdade, só existe uma coisa pior do que errar: errar de novo. Errar múltiplas vezes. Errar pra cacete. E eu já errei pra cacete.

Será que Bernard Shaw estava certo quando disse que "errar é humano, mas se a borracha acaba antes que o lápis, estamos passando dos limites"?

#ficaadica