quarta-feira, 27 de abril de 2011

Paula Fernandes - Sensações



Eu me transformo!!! Assim como os textos dessa página..
Paula Fernandes superou esse ano....

Só me resta um amor platônico...

Quero alguém que não fique exigindo demais as coisas de mim. Alguém com quem eu não precise conversar e mesmo assim a pessoa me entenda, fique na dela e não pergunte “o que há?”. Quero alguém independente o suficiente, que não precise de mim, que aceite a minha ausência, que se acostume com meu jeito contraditório, com a minha inconstância, com o que eu sou e já não sou mais (e isso tudo muda em questão de segundos).

Ai como eu sou idiota, devemos gostar da pessoa do jeito que ela é. Claroo!! Desde que seja desse jeitinho ai de cima. Pra mim é o suficiente. Idealizando demais? Exigindo demais? Talvez. Mas, se eu conseguir pelo menos metadinha disso ai, eu até que aceito. Eu sei que tenho colocado muitas restrições na minha cabeça, querendo coisas demais e criando expectativas e que no fim vou acabar sozinha. Não que isso seja um problema ainda. Ok, talvez seja mesmo...

Mas o negócio ta tão feio que decide voltar a ter amores platônicos, que nem quando eu tinha 12 anos (até parece que com os meus "25 anos" isso não tenha acontecido). Vou retroceder, só pra fugir desse tédio sentimentalista no qual me encontro. Pelo menos eu sei que meus amores platônicos nunca serão correspondidos e nunca irão acontecer. Não existe expectativa. Mais seguro assim. Não existe experiência e nada, mas ainda assim eles estão ali e só irão embora quando eu enjoar da cara deles ou algo assim.

Quem nunca teve um amor platônico? Se vocês pensarem um pouco poderão perceber o quanto eles são marcantes. E porque? Talvez pela nossa incapacidade de perceber os defeitos peculiares a qualquer relação, ou seja, olhamos e nutrimos um sentimento mágico, perfeito e inalcançável.

Tudo é melhor no mundo das nossas idéias! Lógicooo, a realidade às vezes é bem dura.

Realmente todos os amores platônicos que já tive e ainda tenho (por mais que a idade me envergonhe), foram melhores que os reais. Talvez por não permitir que haja decepções exatamente por não chegarem a existir.

Eu vi num filme =)

Já que no texto abaixo falei de perdas amorosas...me lembrei do Filme "O Amor não tira Férias" - que vai concordar com o que escrevi: Cortar relações é preciso e necessário para seguir em frente!

Deixo então um trecho em que a personagem Iris narra no filme! Bjos
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“Compreendo como é se sentir pequeno e insignificante como ser humano. Como isso dói em lugares que nem sabíamos existir lá dentro. E não importa seus novos cortes de cabelo, suas novas academias, nem os copos de Chardonnay que bebe com as amigas, quando se deitar, continuará relembrando cada detalhe e se perguntando o que fez de errado ou por que não percebeu. E como pôde, por aquele breve momento, achar que era feliz?

Pode até se convencer que ele vai se tocar e aparecer na sua porta. E depois de tudo isso, seja lá o tempo que demorar você vai para um lugar diferente e conhece gente que a faz se sentir querida e os pequenos pedaços da sua alma finalmente retornarão. E toda aquela bagunça, todos aqueles anos que você perdeu na sua vida começarão a desaparecer.”

Te espero na sessão de cinema?

Ô coisinha complicada é esse tal AMOR...

Você já pensou em quantas pessoas existem na sua rua ou no seu bairro? Centenas, certo? Pense então na cidade em que você vive, deve haver milhões de pessoas mais ou menos iguais a você. Se pensarmos no país, serão centenas de milhões; e no mundo? Nem se fala! São bilhões.

Imagine que nessa infinidade de pessoas que existem, você escolheu “uma” para amar. Agora vamos passar pela cabeça a remota possibilidade de que mesmo existindo esse oceano de pessoas, ocorreu a conjunção cósmica perfeita que fez o ser que você ama te amar de volta. Matematicamente parece ser um resultado bem improvável pensando nesses bilhões corpos que passeiam pelo mundo. Eu creio que é por isso que tem tanta gente sofrendo de amor, pois é uma sorte danada você amar exatamente a pessoa que te ama.

Agora se você é um dos sofredores, um dos ímpares dessa bizarra matemática, só resta esperar! Muitas vezes achamos que tudo isso é karma de alguma encarnação passada, onde ele foi arrasado, espezinhado, pisado e maltratado por você e agora nessa vida é você quem vai ter que pagar pelo que fez.

Apesar de eu odiar frases conformistas, na mesma proporção em que desconfio de vidas passadas (vai saber), creio que no final vai acabar dando certo e alguém lá em cima deve ter guardado alguma coisa boa pra gente. Sei lá...

Mas, enfim... Escrevo este texto porque já passei por isso, e também porque compartilho do sofrimento de uma amiga. E, no pior das hipóteses o importante é pensar positivo, SEMPRE! Mesmo que isso seja impossível (um esforcinho nunca é demais, é como comer sem tem vontade, entendeu?).

Quando você deixa de ter alguém ou alguma coisa, é preciso sentir sua perda e, depois, passado algum tempo, preencher o buraco que ficou em sua vida. E a ausência, aos poucos, fica cada vez menor e, afinal, acaba desaparecendo. Por isso sempre digo que há um sentido na dor. Há um motivo e uma direção para ela. Então sofra!! Mas não se humilhe!!

Dê um tempo! Espere! Faça coisas! Matricule-se em aulas de sei lá o que! Escreva! Dedique-se a alguma coisa! Se possível faça até o impossível: leia muitos livros de astronomia, tente entender as várias dimensões do universo e a teoria da Ressonância Mórfica....hehehe. Mas faça alguma coisa e o tempo vai passando...passando...

E qualquer dia desses você vai decidir ir ao cinema, no supermercado, na esquina, no barzinho, na boate, no churrasquinho com os amigos e vai olhar para o lado e encontrar a pessoa certa pra você. E se a história de vidas passadas for verdadeira pense que você já sofreu o que era pra sofrer e agora é só esperar o que guardaram de melhor pra gente...

Que venha então... Estou te esperando em alguma sessão de cinema!